28 fevereiro, 2012

Caminhando para a Rio+20

Bom dia pessoal!

Todo mundo já está sabendo que o Rio de Janeiro sediará em Junho deste ano a Rio+20. Uma conferência da ONU, que pretende reunir líderes do mundo todo para discutir maneiras de conciliar desenvolvimento econômico e preservação ambiental.
O evento acontecerá 20 anos após a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Rio 92.


Objetivo
A conferência deste ano terá como objetivo, segundo a ONU, garantir um compromisso renovado em nome do desenvolvimento sustentável, avaliando o progresso obtido até a presente data e as lacunas remanescentes na implementação dos resultados das maiores cúpulas de desenvolvimento sustentável, abordando desafios novos e emergentes.

Os debates terão como foco dois temas: a economia verde (abordando desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza) e o preparo institucional para o desenvolvimento sustentável.


Problemas
Alguns pesquisadores já conseguem identificar alguns problemas nas propostas da Rio+20. O primeiro fato que foi questionado por alguns pesquisadores (e que inclusive, eu concordo com toda a certeza) foi o termo 'desenvolvimento sustentável'. Um termo que serviu para vários interesses durante anos, inclusive para justificar políticas públicas que não correspodem de fato com as raizes do próprio conceito. Há quem se utiliza desse termo para propagar uma falsa imagem de responsabilidade socioambiental. Devido a essa contradição, e esse apelo propagandístico de cunho mercadológico, o conceito se perdeu. E antes de tentar reafirmá-lo, criando políticas de implantação, é necessário uma abordagem ética. Retornar ao eixo, um conceito totalmente importante que se perdeu.

De acordo com uma matéria publicada em Dezembro do ano passado pela Revista Poli, um entrevistado relata que "o objetivo da conferência é incentivar entre s países-membros, a criação de mecanismos para transformação dos processos naturaisem mercadorias negociáveis. O princípio é mais ou menos este: pagar para não poluir/impactar. Não há discussão sobre uma governança que proíba de fato a poluição, o desmatamento, o agronegócio. Poderiam, os mais críticos, encarar isso como sendo superficial, algo que foge dos conceito que se pretende estabelecer.'

Hoje em dia não há mais relação entre Estado e sociedade. Com o passar dos anos o Estado se substitui pelo mercado, sob conspiração de que o Estado é corrupto.

Algumas ONG's internacionais, dizem que "esta é uma tentativa de excluir a maioria da população do debate ambiental. Sem o envolvimento da população podemos deixar que a 'economia verde' sustentável seja o meio de usufruir e apropriar os recursos naturais."


Observação Crítica - Envolvimento Comum
Precisamos aguçar mais o nosso lado crítico. Tenham em mente que esta poderia ser uma oportunidade para que seja discutido temas voltados para a sociedade e proteção ambiental. Mas isso pode ir de encontro com o modelo de desenvolvimento brasileiro, que obece o lobismo do agronegócio e das potencias industriais. Temos hoje uma forte Legislação Ambiental, mas corremos o risco de cometer o mesmo pecado de pregar o desenvolvimento e a não-ação.

No nosso ver, esta seria uma oportunidade para debater temas diferenciados, não só ambientais, mas também da área da saúde, controle social, enfim...

Precisamos observar que fazemos parte de todos esses problemas ambientais, e não devemos deixar tudo para que o governo resolva. Tanto é, que já conseguimos ver a movimentação da sociedade civil se mobilizando para realizar a Cúpula dos Povos Rio+20. ONG's e fóruns pretende se organizar para apresentar alternativas de melhoramento, sem permitir que haja apenas foco mercadológico e governamental. Acho que este sim é o caminho! E vocês?


Quem quiser se informar mais sobre a Conferência acesse - Rio+20


Material Consultado:
Revista Poli - Saúde, Educação e Trabalho. Ano IV - Nº20 - nov./dez. 2011

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